sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Incêndio no Inverno, e o 'frete politico' a ferro e fogo

Naturalmente que no verão os incêndios são um drama para as populações, um negócio para diversas áreas de uma «economia sombria» e um 'frete' para os políticos... já que a concretização de politicas de ordenamento, desenvolvimento e protecção do território é uma absoluta miragem dos últimos 40 anos...
Acontece que nas próximas 3 estações 'ninguém' irá falar deste «dinheiro queimado».
Não sendo um especialista neste domínio, penso, analiso e dou uns ‘bitaites’. Aqui vão:
- é sabido que o êxodo  rural fez com que as matas e florestas ficassem abandonadas;
- o desenvolvimento da floresta, não só como ‘património nacional’ mas também como valor económico não foi tido em consideração pelos pequenos proprietários, nem pelo Estado;
- mata/floresta queimada sempre esteve associada a interesse da economia «transformadora de madeira», bem como de grandes (influentes) complexos urbanísticos;
- a tão apregoada reflorestação, mais não foi do que plantar eucaliptos para produção de papel… desenfreadamente;
- voluntários, estudantes, funcionários das autarquias, agentes de segurança, militares entre outros, a vigilar as matas/florestas… é coisa de meninos…
- disponibilizar meios da força aérea para combater incêndios, não pode ser porque podemos, de repente ser atacados por algum… inimigo!

Não obstante todos estes pressupostos, o que mais me impressiona é o ‘provincianismo bacoco’ da comunicação social… a fazerem verdadeiros Reality show em direto… quem tem a imagem com a labareda maior? ou o jornalista mais perto do fogo, ou o cidadão que mais perdeu? Bom bom para o espetáculo era um jornalista queimado…
Mas o que já não se vê, é aquela comunicação social
acutilante, incisiva e exigente com a governação.
Aquela que em ano de muito menos incêndios, afirmava aos sete ventos e a fortes plumões: com este governos estamos a ‘Ferro’ e ‘ Fogo’!



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